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Dietas alternativas para animais! | Por Joana Prata

Longo vai a era em que os animais de companhia comiam restos de alimentos ou peixes. A primeira ração comercial foi produzida em 1860...



Longo vai a era em que os animais de companhia comiam restos de alimentos ou peixes. A primeira ração comercial foi produzida em 1860 em Londres, expandindo a partir desse momento. A evolução da nutrição animal e a sua aplicação na formulação de rações permitiu eliminar muitas das patologias desenvolvidas devido a desequilíbrios nutricionais. 

No entanto, actualmente vê-se uma mudança de paradigma. Muitos donos procuram dietas alternativas, recusando-se a fornecer rações comerciais uma vez que as consideram como inadequadas. Tendo como fim melhorar a saúde do seu animal a longo prazo ou cumprir critérios morais, muitos donos optam por estas alternativas.

Dietas vegetarinas e vegans

As dietas vegetarinas e vegans têm como objectivo enquadrar-se na visão moral do dono. No entanto devemos questionar-nos se há moralidade em fornecer uma dieta que pouco respeita a fisiologia do animal de forma a enquadrar-se na nossa ideologia. 

A verdade é que os cães, devido à sua domesticarão, tornaram-se carnívoros opcionais. Ou seja, toleram bem uma ração sem qualquer tipo de carne. No caso dos gatos, como são carnívoros estritos, a mudança para uma dieta vegetariana ou vegan poderá originar uma patologia cardíaca severa chamada cardiomiopatia dilatada que se desenvolve por deficiência à taurina, uma aminoácido encontrado na carne. Em ambos os casos, se optar por esta deita deverá ter atenção ao equilíbrio de nutrientes que o seu animal ingere diariamente e segui-lo no veterinário.

Dietas cruas

A dieta de carne crua tornou-se moda principalmente para os donos dos cães. Na teoria a dieta tenta simular a dieta original do cão enquanto caçador. No entanto inclui também vegetais aos quais o cão não teria acesso na natureza.

Nesta dieta são fornecidos ossos, carnes cruas e vegetais. Para além das possíveis obstruções e ruptura de vísceras por ingestão de lascas de ossos e desequilíbrios nutricionais severos, a dieta coloca um elevado risco microbiologico tanto para o animal como para a sua família.

A produção actual de carne para consumo humano admite que será cozinhada o que permite eliminar grande parte da carga microbiológica. Um bom exemplo é o da Salmonella que está presente em baixas quantidades em todas as carcaças de frango. Mesmo congelando, a bactéria está presente na carne e poderá sobreviver dentro do animal, tornando-se este portador ou doente. Ser portador de perigos microbiológicos, como a Salmonella, é um elevado risco para os donos uma vez que através da lambedura ou fezes poderão ser infectados.

Dietas sem grãos 

Um movimento actual considera que os animais só deverão comer dietas sem inclusão de grãos uma vez que são carnívoros. Esta afirmação não passa de uma escolha pessoal, uma vez que não há qualquer prova que os grãos sejam prejudiciais.

Dietas caseiras

A dieta caseira não é sinónimo de fornecer restos alimentares ao seu animal. Devido à confecção, a comida humana não é recomendada para os animais. Se pretende seguir esta dieta informe-se com o seu médico veterinário das porções a fornecer. Das dietas apresentadas é a que apresenta maior robustez, podendo tendo como desvantagem possíveis desequilíbrios nutricionais e o tempo que o dono passará a despender na sua confecção.


Este artigo é da autoria da Médica Veterinária Joana Prata (da qual agradecemos o envio deste fantástico artigo

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